Danielle Pereira - Rengar

Viver Rengar

Apesar de algumas dificuldades que tive em viver Rengar, fiz certas descobertas. Por usar roupas pretas e longas, pude perceber que ele provavelmente vive em uma região bem fria. Rengar sente a música pelo tato, o que me fez perceber que ele talvez seja surdo. Ele nunca está sozinho, sempre está com ele mesmo 2 vezes por isso imagino que Rengar sofra de bipolaridade, a qualquer momento seu ‘’lado negro’’ pode despertar, é uma coisa que ele não consegue controlar. Rengar usa óculos por ter uma visão debilitada e que ver as cores esmaecidas e enegrecidas, por isso ele pode ter um tipo de daltonismo, a monocromacia, onde a pessoa com esse problema vê em ‘’preto e branco’’.

No caso da bipolaridade, um lado de Rengar quer se libertar, esse é seu lado frio, com gestos reais o lado de Rengar que deveria dominar e destruir o lado que escuro, que é um lado quente, inconstante e que pode agir muitas vezes dessa maneira e acabar destruindo seu outro lado.

Rengar passa pelo menos meia hora de seu dia para arrumar seus sapatos e tem algum trabalho que ele não gaste seus sapatos brilhantes, como por exemplo, Rengar pode ser um músico profissional, que toca em uma banda ou em uma orquestra.

Vivendo sozinho, num mundo particular, Rengar não conhece o mundo por não ter sido apresentado a ele ou por não gostar dele. Rengar pode viver trancado em seu quarto, onde ele exercita no piano. Seu mundo é seu quarto, o lugar onde ele se concentra no seu piano, na sua vida.

Projeto de mundo

Quando Rengar era criança, seus pais o abandonaram em um internato, Rengar ficou triste e se isolou por muito tempo, mas depois descobriu na música e nas teclas do piano sua alegria. Ele aprendeu música, aprendeu tão rapidamente que seus professores não acreditaram, com passar do tempo Rengar começou a tocar em recitais, fazia grandes apresentações e até compôs partituras. Pouco tempo depois de sair do internato em uma de suas apresentações, Rengar conheceu Amilac, uma linda mulher, seus cabelos loiros e seus olhos cor de mel deixaram Rengar fascinado, ele se apaixonou e ela retribuiu. Eles namoraram durante um ano, um dia, porém, voltando de um recital, eles foram assaltados e Amilac, o grande amor da vida de Rengar foi morta.

Depois desse dia, Rengar nunca mais sorriu, foi ficando sozinho, frio e quente, tendo ataques de bipolaridade, monocromacia tomou conta de sua que ficou totalmente abalada, Rengar só enxergava preto e branco. Rengar passou a se isolar do mundo e não se importava mais com a aparência, seus cabelos cresceram, passavam da cintura.

Hoje com 25 anos de idade, Rengar continua se isolando, sua morada é seu mundo. Seu mundo era suspenso pelas nuvens, fazendo com que ele se isole ainda mais e se sinta indiferente ao mundo lá embaixo, de lá ele não conseguia ver o mundo, que todos chamam de real, e ele também nem queria, em seu mundo ele estava sozinho com ele mesmo, tentando se entender.

As nuvens adentram o mundo de Rengar, que cheias de água, era responsáveis pela higienização de Rengar.

A música ainda está em Rengar, ele escreve partituras, esse é seu maior prazer e uma forma de Rengar recrear, ele as escreve no chão, senta e deixa que a inspiração apareça, o que pra ele não é muito difícil já que é um gênio da música. Dentro do mundo de Rengar, existem cordas de piano que vibram e produzem sons quando ele se desloca, fazendo que o hático de Rengar entre totalmente em contato com a música as cordas que passam por dentro desse mundo e se prendem as paredes.

Rengar se alimenta das folhas da árvore, com gosto de felicidade, no momento que Rengar está se alimentando ele se lembra de seus melhores momentos. Ora a árvore está dentro do seu espaço, ora fora, quando está fora, forma um belo jardim. O jardim de Rengar só se forma durante o dia, durante a noite, seu mundo se fecha ainda mais, mostrando como ele é um ser sozinho. E é também durante a noite que Rengar se deita em um confortável tecido, onde ele consegue descansar, esse tecido é preso mas paredes.

Rengar tenta se isolar o máximo que pode, viver escondido, o que mostra uma total fragilidade e insegurança, apesar disso, ele ainda se mostra uma boa pessoa, apaixonada pela música e tendo nela uma grande companheira.