Segundo período de Arquitetura e Urbanismo - Unileste 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MATHEUS SABINO: MUNDO VERDE PERSONAGEM: VICTOR COSTA COELHO ALUNO

MUNDO VERDE

Com o passar dos tempos, Victor se encontra em um mundo onde só ele é diferente, para ele, é como se estivesse em um mundo sozinho, um mundo onde a única forma de vida era ele, portanto isto estava prestes a mudar, Victor chegou à conclusão que por ele ser diferente as pessoas o criticavam e fazia com que ele perdesse a razão de viver, certa noite quando ele avistava o céu, ele chegou a conclusão de que, se o universo é tão grande e somos apenas um pedacinho de poeira no espaço, por que as outras milhões de galáxias, os bilhões de sistemas, e os trilhões de planetas não abrigavam forma de vida como nós. A partir de então Victor começou a ter reações estranhas quanto ao seu comportamento de antigamente, ele começou a sonhar com um mundo, diferente de todos os lugares que ele já visitou em seus sonhos, um mundo onde quem reinava eram as almas, um mundo lindo, no qual quem visitasse não seriam as mesmas pessoas de antes, um mundo onde o som do mar, dos pássaros, e do vento era tão lindo, que era comparado ao som de uma harpa, o que era mais incrível disso tudo era que no sonho Victor escutava mesmo os sons que ele jamais tinha escutado antigamente, ele conseguia ver tudo, como se fosse uma águia, com seus olhos afiados, a procura de uma presa. O mais impressionante disso tudo foi realmente o que aconteceu depois de uns dias, Victor estava se preparando para dormir e de repente sentiu como se estivesse perdendo aquilo que por tanto tempo o acompanhou, ele sentiu como se estivesse perdendo tudo, desde seu corpo ate seus pensamentos, a partir daí Victor não sentia mais nada, ele foi levado para um lugar bem distante, depois de passar por milhões de estrelas, desde as pequenas até as gigantes, até mesmo as que já tinham se transformado em nebulosas, ele atravessou uma grande nuvem de poeira, e finalmente depois as famosas bolhas gigantescas, que era impossível de se atravessar, Victor chegou no seu destino, ele chegou em seu sonho, para ele o sonho ainda não tinha terminado, mais isso era normal, todos aqueles que visitavam o mundo verde deixavam de ser eles mesmos para se tornarem algo que jamais havia existido , algo que só as pessoas de imaginação pura e negra podiam ver, algo que era raro, era um lugar que era capaz de reprogramar mentes, um lugar tão lindo com que fazia com que as pessoas se tornassem malucas, apesar que ser maluco em um mundo desses é sensacional, um mundo onde a única regra era viver, onde o único trabalho era brincar, se divertir, um mundo onde era necessário acreditar para ser desfrutado. O mais estranho era que Victor não se lembrava de mais nada, nem de onde veio, nem que era ele, só lembrava-se de seus problemas, pelo visto, o mundo não foi capaz de fazer com que ele esquecesse o que realmente era menos importante de ser lembrado, única diferença era que ele estava só, em um mundo maravilhoso e extremamente feio, um mundo alegre e muito triste, um mundo que é real, mais pode ser imaginário, afinal o que Victor poderia fazer para tornar seu mundo feliz, realmente verde, isso dependia dele mesmo, afinal o que estava prendendo Victor, o que estava o separando desse mundo tão belo que para ele era visto como um mundo triste e deserto, então Victor chegou a um questionamento que o intrigou: um mundo passa a existir quando o descobrimos, ou ele sempre existiu, mesmo antes de ser descoberto.

Apesar de Victor perder suas lembranças, ele nunca deixou de ser o que sempre foi, uma pessoa otimista e persistente, então ele chegou a uma conclusão, (as coisas passam a existir a partir do momento em que você começa a acreditar), nesse exato momento Victor escutou um grande barulho, era como se um ovo estive quebrando, um ser estivesse nascendo, um ser inteligente como um macaco, ágil como uma raposa, e corajoso como um tigre, um ser que se chamava Victor. Victor começou a ver seu mundo diferente, um mundo que tinha todas aquelas características citadas, e muito mais, um mundo ligado a ele, um lugar onde as coisas aconteciam no presente, não existia passado e nem futuro, o tempo era o agora, o passado era escuro e o futuro era assustador, só o presente só o agora era magnífico, era extremante real, nesse lugar a interação que havia era extremante grande, como se fosse uma grande primavera, as flores e as arvores, os bosques e os pântanos não eram rivais e brincavam um com os outros, e claro Victor não ficava de fora, os seres habitados não o criticavam, o que se escutava não podia ser lembrado, porque o agora reinava e impedia as lembranças de voltar, realmente era preciso viver o agora, em um lugar onde a única forma de descansar era nas caldas das grandes baleias de espécie jamais vistas, navegando sobre o mar, onde era possível se deslocar através do som das ondas, onde era impossível de se controlar, pois as ondas não podem ser controladas, um lugar onde a terra era a melhor de todas as terras, os cogumelos, nome no qual deram aos asteróides que caíram no mundo no tempo da escuridão eram saboreados de uma forma doce, não sabiam qual exatamente era o gosto, mais sabiam que não eram dali, um mundo que dependia de Victor para sobreviver, onde seu único trabalho era acreditar, e sonhar, por mais que a vida o fizesse sentir fracassado.


Quando já temos um mundo pronto, com todas as suas características completas, com seus personagens, vemos que nada mais pode ser feito por ele, única coisa a fazer é melhorar suas características ou ate mesmo seus personagens. Mas a partir do momento em que você recebe um local, no qual esse mesmo tem que receber o mundo, tudo fica diferente. Ai vem à pergunta, como mudar o mundo de local sem fazer com que ele perca suas características, quando pensamos em um projeto, e tentamos projetar ele em um determinado local, tem que ser pensado tudo, desde o espaço até mesmo seus fatores psicológicos.

O mundo de Victor está pronto. Mas claro na minha imaginação, comparado ao mundo de meu personagem, que esta na imaginação dele, a diferença é que ele abriga esse mundo preso dentro de um sonho, através da mudança de ambientes, meu mundo sofreu algumas alterações, mais alterações que fazem algum sentido, primeiramente como já disse, Victor usa do seu coração para acreditar em um mundo onde só existe em seus sonhos, portanto, o mundo é real, mas dentro de um mundo imaginário, um sonho. Minha proposta é usar de um mecanismo no centro do mundo, um mecanismo complexo, mas não muito difícil de ser entendido, esse mecanismo representaria o coração do personagem, pode-se dizer que seria sua capacidade de acreditar e sonhar, ele teria alguns tentáculos, esses mesmos que alcançariam dois ambientes do mundo, o ambiente onde ele se interage e onde ele come apesar dos dois ambientes existirem essas duas ações, meu ambiente proposto para ele se alimentar trabalha com interação e diversão também, minha proposta é criar um labirinto de coguróides, uma mistura de cogumelos com asteróides, esse labirinto vai fazer com que ele entre e se interage, com seres de espécies estranhas, mais amigáveis, e a única maneira de se sair do labirinto é comendo ele, pois como já disse, os coguróides fazem parte da alimentação de todo o mundo, e no ambiente escolhido para haver interação irei propor uma verdadeira primavera, arvores de grande portes com características psicológicas parecidas com as humanas, no qual para elas sobreviverem teriam que interagir umas com as outras e alem disso, se divertirem, pois elas podiam se mover, só que essas arvores não tinham folhas, pois elas precisavam de seus galhos livres para fazer as atividades do dia-a-dia, apesar que é muito provável das grandes bolhas no céu do mundo, terem a capacidade de sugar as folhas das arvores, fazendo com que chova folhas, com isso, tudo seria perfeito, pois iria existir um lugar onde havia interação até entre a primavera e o outono. Mas apesar do mundo já estar com características físicas completas, ainda falta uma coisa, muito importante, para que esse mundo exista, como já disse, o mundo precisa de um centro, com que faça que tudo isso se torne realidade e sempre exista em um sonho, um (corála) uma mistura de coração com lulas, esse corála teria tentáculos que alcançaria todos os ambientes, mais isso não é tudo, além do personagem usar desse corála para acreditar e sonhar, ele precisa cuidar de seu mundo, e como o passado não existe, e nem o futuro, só o presente reina em seu mundo, o personagem iria ficar sem saber o que fazer, não saberia quando deveria, cuidar do seu labirinto de coguróides, e nem de suas arvores secas, mas dentro de um sonho tudo pode acontecer, o personagem vai usar desse centro para controlara seu passado, seu presente e seu futuro, ele nunca iria perder o controle sobre seu mundo, os tentáculos do corála terá extremidades na ponta fazendo com que toda vez que o passado se perdesse, rastros dele iria ficar, se o personagem esquecesse de seu labirinto uma das extremidades dos tentáculos iria inflar, e não só isso, através dela o personagem iria ver o que ele fez no passado, mesmo nem lembrando quem era aquele ali visto, ele nunca iria perder o controle total de seu mundo, haveria uma perfeita harmonia entre passado, presente, e futuro.

Pensando agora em questões de espaço, gostaria de propor o seguinte, eu irei usar da sala para ser o espaço do sonho do personagem, irei adaptar um material que ira separar o sonho da realidade, e minha idéia é usar da área externa como se fosse o mundo real, ou seja, um mundo que esta muito longe do mundo imaginário, isso na mente do personagem, mais muito próximos vendo tudo de longe, nesse caso a fronteira do mundo imaginário do real seria o coração, onde todo o mundo é criado, mais se o mesmo deixar de acreditar tudo deixara de existir, mesmo havendo um mundo real do seu lado, você pode acreditar, e sonhar, pois só assim vai existir a imaginação.





































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